Associação de Diabéticos do Distrito de Aveiro

quinta-feira, 23 de julho de 2009

GOVERNO VAI ATRIBUIR MAIS VERBAS PARA A DIABETES EM 2010


Quinta, 23 Julho 2009 09:28
Programa será criado este ano


O Ministério da Saúde vai elaborar um programa especial para a diabetes, que deve contar com dietistas, especialistas em exercício ou podologistas. O projecto vai incidir sobretudo na prevenção, evitando que pessoas com factores de risco desenvolvam a doença e que as que a têm não progridam para complicações. No âmbito do programa, enfermeiros e especialistas terão mais autonomia.

O Ministério da Saúde irá criar um novo programa para a diabetes em 2009, que deverá passar pelo aumento do financiamento às unidades de saúde. O objectivo é agilizar e aumentar o acesso dos doentes a cuidados de qualidade e, sobretudo, "prevenir o aumento da doença e das suas complicações", disse José Manuel Boavida, o coordenador do programa nacional da diabetes.
Apesar de ainda estar em estudo, o programa "deve contar com a integração de profissionais como nutricionistas, podologistas e especialistas em exercício físico", refere. Alexandre Diniz, da Direcção-Geral da Saúde, calcula que "as unidades de saúde - como os hospitais - passem a ser mais financiados para tratar doentes, segundo os serviços prestados".
A diabetes, que afecta quase um milhão de portugueses, é a doença que os especialistas consideraram que devia ter, prioritariamente, um projecto de gestão integrada da doença (GID). Este passa pela participação das várias unidades em termos de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e acompanhamento destes doentes.
Os anteriores programas de GID, como o da obesidade, contam com "centros de tratamento, para actividades específicas, e centros de elevada diferenciação, que estão preparados para fazer todo o tipo de tratamentos".
Na diabetes, ainda não se sabe se haverá este modelo. Alexandre Diniz diz que "este programa está a ser formalizado e deverá ser aprovado, porque há essa vontade por parte da DGS e da Administração Central dos Sistemas de Saúde", a entidade responsável pelo financiamento.
José Manuel Boavida diz que, "ao longo deste segundo semestre, vão ser propostas as condições para se avançar em 2009. Só o podemos fazer depois de termos os dados da prevalência da doença e falta saber as complicações e como estão a ser tratadas".
Na sua opinião, "o programa vai incidir sobretudo na prevenção, evitando que pessoas com factores de risco desenvolvam a doença e que as que a têm não progridam para complicações". Por um lado, haverá um esforço para diagnosticar a doenças nas pessoas que ainda não sabem que a têm. "Por outro, queremos integrar outros profissionais: mais enfermeiros na prática quotidiana, dietistas, especialistas em actividade física, ortópticos para fazer os rastreios à retinopatia diabética e podologistas para o do pé diabético".
A ideia é que os médicos supervisionem e actuem quando necessário, mas "os enfermeiros e outros especialistas terão mais autonomia". Para a aumentar terá de haver uma aposta na formação, diz o coordenador do programa.
José Manuel Boavida pretende que as pessoas com factores de risco sejam acompanhadas para os combater. As que tiverem a doença devem ter um controlo ainda mais rigoroso, com acesso a mais consultas.
Fonte: Diário de Notícias

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